terça-feira, 29 de abril de 2008

Em terra de cego


Olá bequistas de plantão!!!

Em terra de cego quem tem um olho é rei?? Quem tem dois é o que então? Quase um Lula, todo-poderoso?...

Espero que não. No máximo, talvez seja só um contador da histórias... Antes de continuar, faço questão de frisar que serei o primeiro cabeça ("membro" nunca me agradou!) a postar algo que não sejam apenas textos ou fotos... estamos em tempos de web 2.0 e nada mais justo que apresentar a vocês, com todo prazer, o formato de vídeo...

Quentinho do forno, foi lançado na net hoje o trailer de O ensaio sobre a cegueira, livro de José Saramago - ganhador do prêmio Nobel 1995, dirigido e produzido pelo aclamado arquiteto-cineasta brasileiro Fernando Meirelles. Entitulado "Blindness", bancado pela Miramax Internacional e rodado basicamente no Brasil, Canadá e Peru, o filme retrata a epidemia de uma estranha cegueira branca que vai tomando toda a população de um certo país fictício até levar toda sua população a um isolamento. A história é contada por uma única pessoa que não se contagiou por essa doença, mas que guarda sua visão em segredo temendo possíveis conseqüências. Além de locações bem interessantes, o filme ainda tem um elenco bem recheado com grandes nomes como Julianne Moore, Mark Rufallo, Danny Glover e Gael Garcia Bernal.

Mas o mais importante de tudo isso não tem nada a ver com Meirelles. Tem a ver sim, com o BECO, representado que é e muito bem, na seqüência rodada no minhocão (aqui do ladinho de casa - "obra prima" das administrações malufianas em São Paulo), incluída até no trailer - onde se repararem BEM, sou surpreendidamente flagrado na janelinha em busca de meu jornal matinal! Procurem bem... ;)

Tirante todo o resto, li o livro, recomendo, mas não vou ficar dando sinopse maior aqui não... nossos leitores que procurem mais pela internet pra gerar uns cliques e ajudar a promover la película...

Deixo aqui uns links interessantes a respeito, além do trailers... Saudações bequistas a todos!

Blog do F. Meirelles
Compre o livro - vale a pena!






Henrique Foca é designer, paraguaçuense radicado em São Paulo e vira-e-mexe acorda assustado nas madrugadas paulistanas a sonhar com rachões de futebol na AABB e cachorros-quentes voadores da Jandira.

Você é Emo!?

O Beco traz neste espaço um serviço de utilidade pública. Para saber se você é Emo, responda ao teste abaixo. Se você responder SIM para mais de cinco perguntas, vai me desculpar, mas você é EMO sim!

Aproveitamos pra dar uma dica: nunca vá à Galeria do Rock em SP, nem ao show de alguma banda punk e nem saia por aí com a camiseta do NXZero. Isso poderá ser prejudicial à sua saúde. Lembramos que esta coluna está despida de qualquer preconceito, funciona apenas como um alerta para que nossos sensíveis colegas de rock não sofram com algumas durezas da vida cotidiana.

  1. Você acha My Chemical Romance a melhor banda de todos os tempos?

  2. Tem piecing no nariz ou perto do olho?

  3. Você pinta o cabelo de cores estranhas, como rosa, roxo ou verde?

  4. O mundo é um lugar injusto pra você?

  5. Você acha que o Di arrasou na parceria com a Nelly Furtado?

  6. Você chora quando ouve aquela parte lentinha de Jesus of Suburbia, do Green Day?

  7. Seu sonho é tatuar uma lágrima preta abaixo do olho direito?

  8. Você está apaixonado(a) por si mesmo(a)?

  9. Já participou de alguma passeata politicamente correta?

  10. Você tem aquela camiseta que imita o logo da Elma Chips alterada para EmoCore?
Leonardo Andrade não é Emo, mas até que acha legalzinho o rock estar tão no mainstream como agora. Mas odeia Chemical Romance, viu?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mais Punk, impossível


Fala abestados e abestadas! Acabo de lançar este tópico de nome "Mais punk, impossível" que visa publicar situações e (ou) pessoas das mais punk's, impossível. Lembrando que "Punk", na minha linguagem, não diz respeito ao movimento Punk e sim a situações e pessoas toscas e porque não funestas?

Eis aí a Locona, que é a mais tosca de todas... cara de cagadeira!

Certamente mandar um trago de cachaça segurando o bebê é muuuito Punk! Alguém tem mais uma aí?

terça-feira, 22 de abril de 2008

O mestre está com sessenta anos!

Olá, beconautas do meu coração! Após uma pequena pausa pra colocar as idéias no lugar, estamos de volta! E eu me auto-encarreguei de manter um espaço dedicado ao rock and roll e todas as suas vertentes! E, como o mestre do metal esteve há pouco no Brasil com um show simplesmente inesquecível, não posso deixar de fazer uma resenha. Isso mesmo, estou falando do Ozzy, aquele que muitos nem sabiam quem era até vê-lo como um bobalhão, um paspalho e caricato pai de família no reality show que salvou a audiência da MTV americana.

Mesmo se expondo ao ridículo, nosso mestre ainda permeia o mercado do rock pesado com música de qualidade. E como ele mesmo diz no primeiro single do disco novo, Black Rain, ele não quer parar! Disse que vai se aposentar quando morrer! Isso mesmo, mestre! Não nos deixe órfãos!

Bom, o show! O show do Ozzy em São Paulo foi ducaralho (pode falar isso no Beco?). A expectativa da galera era que ele estaria meio lesadão, não saberia as letras decor, peidaria pra chegar nas notas mais altas, mas não foi nada disso que os mais de 45 mil fãs que lotaram o Chiqueirão no dia 5 de abril testemunharam.

O que vimos foi um frontman cheio de vitalidade (com a mobilidade um pouco prejudicada, é claro), cantando pra caramba, mandando ver na empatia com o público e descarregando clássicos que todos queriam ouvir. Se você é um daqueles fãs do Ozzy que só conhecem No More Tears, talvez não saiba do que estou falando. Mas se você é realmente fã do mestre, deve ter se emocionado como eu me emocionei ao ouvir ao vivo pela primeira vez na vida Mr. Crowley, Crazy Train, War Pigs, Iron Man e tantas outras obras-primas da música pesada.

A banda do cara é um capítulo à parte. Simplesmente aquele barbudo Zakkkkkkkkk Wylde é fodão! O cara cortou a mão no meio do show e foi até o final se esvaindo em sangue, dando um efeito visual que até parecia teatral. O baixista, aquele chicano que eu esqueci o nome, também é o cara! O batera do Ozzy é o Mike Bordin, ex-Faith No More, e dispensa comentários. E o tecladista é membro do clã dos Wakeman. Nem precisa falar nada!

Nem vou comentar os shows de abertura, do Black Label Society e do Korn, porque vim aqui pra falar do Ozzy mesmo. Pode falar que o cara tá velho, que ele é ridículo com sua imagem de pai de família bufão, que o metal morreu, que o mundo vai acabar, que o lance agora é música eletrônica. Nada disso vai me fazer mudar de idéia.

O OZZY É UM DOS MAIORES ÍCONES DA HISTÓRIA DA MÚSICA. Lado a lado com Lennon, Hendrix e tantas outras lendas. LET’S GET EXTRA, EXTRA, EXTRA FUCKING CRAZY TONIGHT. Valeu, velhinho!

"SHARON, I WANT MY PILLS!!!"

Leonardo Andrade é jornalista, fã de carteirinha do Ozzy e chorou quando tocaram Mr. Crowley no show.

terça-feira, 8 de abril de 2008

We're BACK!

Cumé qui mexe nessa coisa aqui... tem que clicar onde? Ah, aqui... ok...

Buenas!

Ufa, até que enfim um dos CABEÇAS teve a coragem, a paciência e, claro, a cara de pau de montar um jeito do BECO continuar respirando. Claro que tinha que ser o Marinho, o grande zagueiro entusiasta das produções de oitava categoria - mas sempre com muito charme - do glorioso BECO.

A parte boa desse negócio de blog é que não há pressão, não há chibatadas. Mas a pergunta que fica no ar é "será que os CABEÇAS, tão acostumados ao ritmo dos tambores que ditam as remadas das galés romanas, conseguirão tocar mais esta empreitada?".

Enquanto isso, da minha parte, vou ouvindo o ranger enferrujado das articulações dos dedos e dos neurônios ao digitar esse inofensivo texto - que aqui provavelmente chamarão de "post".

Aproveito esse momento para prometer parar com metáforas baratas e conclamar meus camaradas CABEÇUDOS às armas novamente! VAMO LÁ, CAMBADA DE VAGABUNDO!

Vamos mostrar que no meio dessa massa cinzenta e gordurosa, entre as fotos da Mulher Samambaia e do último episódio de Lost, existe um neuroniozinho escondido, meio anestesiado, cansado de não fazer nada, mas que nesse momento sente um comichão, começa a a se levantar, saltitar, e - olha, agora ele está dançando com a Mulher Samambaia! Ok, neuroniozinho, pode largá-la agora... solta! Solta!! Ôpa, rápido, tragam um balde de água fria!!

Hey, ho, let's go!!

Renato Cambraia às vezes acorda no meio da madrugada sonhando que está editando o BECO só de cuecas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Beco está de volta?

É isso, o Beco está de volta. Ou pelo menos acha que está de volta. Desta vez sem jornal e 100% online. Não que nos orgulhemos disso. Estar em um jornal — éramos uma espécie de "complemento" do jornal A Semana, de Paraguaçu Paulista — é muito bacana, ainda mais quando havia uma página inteira para explorar e publicar o que quiséssemos, no formato que desejássemos e quando pudéssemos.

Era divertido e um trabalho e tanto. Nosso editor-chefe, o Renato, tinha que armar as jogadas — escrever, desenhar, editorar —, lançar para o ataque — entregar o Beco no jornal — e finalizar para o gol — divulgar, ouvir as críticas e elogios. Nós, os demais cabeças, tínhamos apenas que fazer nossa parte, que aliás nem sempre era cumprida. Mesmo assim, chegamos a publicar mais de cem números. Um verdadeiro arquivo de criações duvidosas, textos tacanhos, piadas nonsense e frases de efeito duvidoso — basta lembrar, por exemplo, que o primeiro e único dicionário de onomatopéias curiosas foi publicado no Beco.

E cem números cansam. Ingrid, nossa secretária sueca que só usa biquini, entrou numa fase difícil. Suas massagens diminuíram, suas doses de chocolate aumentaram, e seu corpo esbelto conheceu dobras. A produção das cabeças perdeu também o vigor: os textos saíam com dificuldade, o editor penava para editorar, os projetos paralelos despontavam. Precisávamos, cada um com sua razão, respirar. E assim o Beco fechou o escritório, vendeu mesa e duas cadeiras, despachou Ingrid para a Suécia — essa, sem dúvida, a parte mais difícil — e... só. Acabou assim, sem barulho, sem rojões, sem carro-de-som. Foi em fins de 2005, pouco mais de dois anos.

Hoje, abril de 2008, o Beco quer voltar. Tímido, é verdade. Afinal, não sabemos ainda o que nos espera. Se escreveremos toda semana, toda quinzena, todo mês. Se funcionará em novo espaço. Se conseguiremos retomar o ritmo que já tivemos um dia. Talvez seja o último suspiro, e assim o Beco poderá descansar em paz. Mas talvez seja novo fôlego, novo pique, um Beco mais livre, leve e solto.

Por isso, chamem de volta a Ingrid. Liguem para o Ranulfão. Divulguem para todos — sua vó, sua tia, sua vizinha. O Beco está de volta.

Ah, em tempo! O Beco é uma produção das Cinco Cabeças: Renato Cambraia, Mário Neto, Henrique Pereira, Leonardo Andrade e José Ricardo Mendes.

Mário de Souza Neto estava com muitas saudades do Beco e está feliz por vê-lo de volta.